Depois de 40 dias de conflito entre Israel e o Hamas e ao menos quatro resoluções vetadas, o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) finalmente aprovou resolução sobre Gaza, após votação na tarde desta quarta-feira, 15/11.
O texto, que não recebeu veto dos Estados Unidos desta vez, aprovou um pedido de pausas e corredores humanitários urgentes em toda a Faixa de Gaza.
Os Estados Unidos, a Rússia e o Reino Unido, que têm poder de veto no Conselho, se abstiveram na votação. Os 12 outros votaram a favor.
Quinta tentativa de resolução
Esta foi quinta tentativa do conselho de tomar medidas desde que os militantes palestinos do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo 240 reféns. Israel prometeu exterminar o Hamas, que governa Gaza, atacando o enclave de 2,3 milhões de habitantes pelo ar, impondo um cerco e lançando uma invasão terrestre.
O Conselho de Segurança tentou agir quatro vezes em duas semanas em outubro — a Rússia falhou duas vezes em obter os votos mínimos necessários, os Estados Unidos vetaram uma resolução elaborada pelo Brasil e a Rússia e a China vetaram uma resolução elaborada pelos EUA.
A resolução, que foi redigido por Malta, “pede pausas humanitárias urgentes e prolongadas e corredores em toda a Faixa de Gaza por um número suficiente de dias para permitir (…) o acesso humanitário completo, rápido, seguro e desimpedido”
O texto exige o cumprimento da lei internacional, especificamente a proteção de civis, especialmente crianças. Ele também pede a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas e outros grupos, especialmente crianças. A minuta não condena as ações do Hamas, um ponto de discórdia para o aliado de Israel, os Estados Unidos.
O texto pede a todas as partes que não privem os civis de Gaza dos serviços básicos e da ajuda humanitária necessária para a sobrevivência, acolhe as entregas iniciais e limitadas de ajuda e pede que elas sejam ampliadas.