A percepção em geral é de que a inflação no Brasil está controlada, corroborando o ciclo do corte de juros adotado pelo Banco Central
Os preços de alimentos pesaram e o IPCA-15 acelerou a alta em novembro, mas ainda assim a taxa em 12 meses foi abaixo de 5%, num momento de redução da taxa básica de juros pelo Banco Central. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) passou a subir 0,33% em novembro depois de alta de 0,21% em outubro, informou nesta terça-feira, 28/11, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A leitura mensal do indicador considerado prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou ligeiramente acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,30%.
Apesar da aceleração mensal, o IPCA-15 passou a acumular nos 12 meses até novembro avanço de 4,84%, contra 5,05% no mês anterior e projeção de analistas de 4,80%.
Esse resultado deixa o índice perto do teto da meta para a inflação este ano, cujo centro é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.
A percepção em geral é de que a inflação no Brasil está controlada, corroborando o ciclo do corte de juros adotado pelo Banco Central.
A autoridade monetária já reduziu a taxa básica Selic em 1,5 ponto percentual, levando-a ao patamar atual de 12,25% ao ano, com expectativa de novo corte de 0,5 ponto percentual na última reunião do ano, em 12 e 13 de dezembro.
Maiores variações
O IBGE apontou que em novembro a maior variação e o maior impacto vieram do grupo de Alimentação e bebidas, que tem forte peso no bolso do consumidor, com alta de 0,82%.
A alimentação no domicílio subiu 1,06% em novembro, após cinco quedas consecutivas, diante do aumento dos preços de cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%).
Fonte: Terra