O índice de abstenção nas eleições municipais de domingo, 6/10, foi de 21,71%, segundo informou a ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Ela falou com jornalistas logo depois do encerramento da apuração nas capitais. Dos 155.912.680 mais de 33.833.305 não compareceram às urnas.
A abstenção na disputa deste ano cresceu se comparada com a das eleições municipais de 2016, quando 17,58% dos eleitores deixaram de votar, mas diminuiu em comparação com 2020, quando o índice foi de 23,5% — é preciso lembrar, porém, que o pleito de quatro anos atrás ocorreu no ano da explosão da covid-19. Se ele for excluído da contagem por causa dessa situação excepcional, a abstenção deste ano foi a maior das eleições municipais neste século.
“Nós tivemos um índice de abstenção que continua alto para os nossos padrões: 21,71%”, disse a ministra.
Segundo Cármen, o número de eleitores que justificaram a ausência cresceu 65,9% em comparação com o último pleito: foram 2,6 milhões de justificativas. Esse é um mecanismo reservado para eleitores que não estão em seu domicílio eleitoral.
Por outro lado, a ministra comemorou a apuração rápida. De acordo com ela, o modelo adotado no país permite que os brasileiros durmam “sabendo, em todos os estados e municípios, os eleitos”.
“Estamos aqui para servir à cidadania. Ao eleitor e eleitora. E, principalmente, para que houvesse o sossego de sair de casa para votar e, com tranquilidade, exercer esse direito constitucional fundamental: a escolha dos governantes municipais, o que foi levado a efeito”.
O primeiro turno teve 2.618 crimes eleitorais e 515 prisões, segundo balanço parcial do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Fonte: Agência Brasil