O mês de agosto começa com aumentos de produtos essenciais com reajustes de 5,8% e 10,16%, ambos acima da inflação
Os baianos vão pagar mais caro na conta de água a partir de setembro. Isso porque, passa a valer nesta quinta-feira, 1º de agosto, o reajuste de 5,8% na tarifa de água e esgoto na Bahia.
Segundo a estatal baiana Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento), o reajuste será aplicado de forma linear nas faixas de todas as categorias tarifárias, exceto na Tarifa Social, que é destinada aos usuários inscritos no Bolsa Família e permanecerá isenta pelo segundo ano consecutivo.
A Agersa (Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia) autorizou o aumento em junho, visando compensar a inflação e o aumento dos custos dos insumos, como energia elétrica e produtos químicos, além de garantir investimentos necessários para a melhoria dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Com o reajuste, a taxa mínima de consumo de água para imóveis residenciais, que cobre até seis mil litros de água, aumentará de R$ 38,92 para R$ 41,18 por mês, representando uma diferença de R$ 2,26. No entanto, a tarifa residencial social, destinada às famílias de baixa renda, continuará custando R$ 14,97 por mês, o que equivale a cerca de 50 centavos por dia.
Gás de cozinha
Também o gás de cozinha tem um novo aumento de preço. A companhia de energia Acelen, proprietária da Refinaria de Mataripe, confirmou o reajuste do produto, em 10,16% para as distribuidoras.
“Este já é o sexto aumento seguido em 2024“, informou o Sindrevgás (Sindicato de Revendedores de Gás de Cozinha da Bahia). Com isso, segundo o sindicato, o preço médio do botijão de 13kg, deve ultrapassar os R$ 140.
O Sindrevgás ressaltou também, que, em junho, houve um reajuste no valor de R$2,39 que os revendedores não repassaram para os clientes.
Porém, “agora nos deparamos com mais um reajuste, o que inevitavelmente chegará no bolso da população“, diz Robério Souza, presidente da entidade. “O consumidor tem sua renda cada vez mais comprometida para aquisição de um produto tão essencial para o preparo dos alimentos”, completou ele.
De acordo com a matéria, a Acelen justificou o reajuste, alegando que os preços dos produtos seguem critérios de mercado, considerando variáveis como custo do petróleo, cotado em dólar e frete. Além disso, disse possuir “uma política de preços transparente, amparada por critérios técnicos, em consonância com as práticas internacionais de mercado“.
Também é necessário registrar que o dólar subiu quase 15% nos últimos 45 dias com as declarações intempestivas do presidente da República, Lula da Silva, que prometeu abrasileirar os preços, mas até hoje nada mudou.