O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu em almoço com os ministros na sexta-feira, 20/12, que pretende fazer mudanças no primeiro escalão do governo. O petista, no entanto, evitou falar em nomes e cargos. Ele tem sido pressionado por aliados do Congresso a fazer mudanças a partir da eleição para presidentes da Câmara e do Senado em 2025. A popularidade do presidente é a mais baixa na história.
A indicação do petista, foi relacionada à formação de aliança para disputar a eleição de 2026. O sentido seria que alguns políticos que hoje estão próximos ao governo podem não querer apoiar o grupo político no próximo pleito por terem bases eleitorais que o rejeitam.
No encontro, Lula indicou que vai mesmo desacelerar a rotina depois dos dois procedimentos cirúrgicos aos quais foi submetido para tratar uma hemorragia intracraniana. Lula disse que, por amor a si mesmo, à primeira-dama Janja Lula da Silva, e ao Brasil, vai obedecer às ordens médicas, que restringem sua atribulada agenda pelos próximos 45 dias. Ele pode fazer reuniões, mas compromissos mais cansativos como viagens provavelmente serão evitados.
Lula tinha em seus planos promover uma reunião ministerial, como costuma fazer nos finais de ano. São compromissos longos e extenuantes em que o presidente discursa mais de uma vez e ouve a todos, ou a quase todos, os auxiliares. Normalmente, essas reuniões duram um expediente inteiro. O presidente, porém, ainda está se recuperando dos procedimentos que o forçaram a ficar dez dias em São Paulo. A reunião foi trocada por um encontro com cara de confraternização de fim de ano. O evento durou aproximadamente duas horas.
Fonte: Terra