Presidente afastado da CBF fala pela primeira vez após intervenção e decidiu não se candidatar
Ednaldo Rodrigues está afastado do cargo de presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) desde o dia 7 de dezembro, depois de decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ele falou pela primeira vez após o afastamento e utilizou um tom de conciliação, revelando que não será candidato nas próximas eleições (sem condições de ser, sem apoio).
“É preciso esperar a missão da FIFA e da CONMEBOL, e também as decisões da Justiça, para entender o cenário e ter alguma definição. Da minha parte, tenho conversado muito com minha família e assumi um compromisso: meu tempo de disputas eleitorais acabou”, disse o mandatário afastado para a Veja.
Observando o que está acontecendo no Brasil, a Fifa demonstrou irritação com a intervenção e não reconhece o interventor José Perdiz como legítimo presidente da CBF. Isso coloca em risco a participação do Brasil em competições internacionais.
Confio plenamente nas instituições. Foi por isso que tivemos aprovação unânime da Assembleia Geral da CBF para procurar o Ministério Público do Rio de Janeiro e assinar um Termo de Ajustamento de Conduta, acreditando que encerraria este processo judicial que se arrastava há anos. Esta insegurança jurídica é muito ruim. O importante é ter uma decisão definitiva para que o futebol brasileiro possa avançar”, apontou Ednaldo.
Nunca dialogou
Sobre dizer que faltou diálogo, o afastado sempre impôs as próprias ideias, perseguiu adversários, árbitros, assistentes, jornalistas, radialistas, clubes e dirigentes que não sucumbiam as vontades.
Processou e perdeu algumas ações em que se dizia vítima de danos morais, tentou demitir profissionais de comunicação e, no caso Liédson (vejam – Caso Liédson no YouTube) foi beneficiado pela também hoje afastada pela Operação Faroeste juíza Marivalda Almeida Moitinho quando sem sequer instruir o processo tentou absolver. Mas o TJ (Tribunal de Justiça da Bahia), por unanimidade de uma das Câmaras Cíveis, revogou. Porém, com a prescrição, ele não foi condenado nem absolvido, apenas houve extinção do processo.
Somente uma decisão de um ministro do STF pode fazê-lo retornar, o que não seria novidade já que a Suprema? Corte não segue leis nem Constituição, mas vontade de cada integrante (Capa do Processo).
No campo esportivo somente fracassos: FBF caiu do 5º para o 9º lugar no ranking da CBF; a Segunda Divisão da Bahia chegou a ter menos clubes que Sergipe, um estado muito menor; na arbitragem, perda de espaço por formação irregular. NA CBF, recordes negativos: 3 derrotas Seguidas da Seleção, a 1ª em casa nas Eliminatórias, 2 derrotas seguidas para seleções africanas e o voo de galinha, por enquanto, na Presidência.