Falas desnecessárias, longas e improdutivas de políticos quase intrusos levam a uma avalanche de críticas de desportistas nas redes sociais
Seria apenas a abertura festiva de um Campeonato Municipal de Futebol Masculino, mas a classe política da gestão da cidade perdeu a chance de ficar calada e encheu a paciência de centenas de serra-pretenses que, naquele momento queriam bola rolando entre Bravolândia e Soraya, um clássico que sempre atraiu bom público. A partida que teve mais de 1.300 pagantes terminou empatada por 1 a 1.
Contudo, a falta de desconfiança da administração municipal – que acha que somente a Prefeitura de Serra Preta subsidia o esporte – causou constrangimento, indignação e irritação a muitos que foram ao Estádio Zelito Leite na reabertura, que inclusive pagaram R$ 8 para ver ‘futebol’ e não discursos insossos e vazios.
As falas do prefeito Franklin Leite – com processo de cassação e audiência nesta sexta-feira, 25/4, às 8h30, na 155ª Zona Eleitoral, em Feira de Santana -, do deputado Vitor Santos, do presidente da Câmara, Diego Campos, dos prefeitos de Ipecaetá, Júnior Piaggio, e Zé Luiz, de Tanquinho, dois ilustres desconhecidos na cidade de Serra Preta, além de outros, como diz o povo “encheu a sacola”.
Os recursos para reforma com atraso do estádio são fruto do pagamento de impostos dos contribuintes serra-pretenses, baianos e brasileiros e não de cada um deles.
Além disso, ninguém teve a dignidade de ao menos citar a LIDESP (Liga Desportiva de Serra Preta), que programa, organiza e faz acontecer o campeonato. O esforço do presidente Roberto Pires (Betinho), e equipe, pode ter sido ignorado pelos políticos, mas não pelos desportistas. Lamentável.
Caos
Em razão da intromissão inconveniente e longa, a partida teve o tempo normal de 45 minutos reduzido para 40 e, o segundo tempo, durou em torno de 38 minutos porque o estádio – ainda sem vestiário reformado – não tem refletor. O intervalo foi inferior a 10 minutos.
Como problema pequeno é bobagem, também no sábado, 19/4, foi um show de desorganização ao que nem sequer podemos chamar de festa pela bagunça no desrespeito à programação que foi interrompida com manifestação do cantor que parou a apresentação.
Na Educação, faltam professores nas salas de aula. Na Saúde, caótica a marcação de exames. No emprego, a gestão amarga o fechamento de duas fábricas em menos de seis meses (perda de mais de 250 vagas de emprego) quase todos trabalhando em Anguera.